Volto para finalizar sobre o tema, com mais alguns questionamentos do pe.Alberto Parra.
" O estatuto atual da mulher na Igreja e sua discriminação não resolvida nas instâncias diretivas e ministeriais são uma contradição não minúscula para os projetos de Igreja em comunhão,em participação e em libertação.
Alem disso,numa perspectiva de sociologia eclesial, é evidente que o antagonismo de classes não fica nas portas do templo mas penetra necessariamente na Igreja .O antagonismo de classes no plano económico, político e ideológico leva os cristãos de uma mesma Igreja a opções politicas e sociais que vão desde a extrema direita capitalista e conservadora até a extrema esquerda revolucionaria. O antagonismo de classes e de interesses é o responsável pela existência de grupos opostos na Igreja,de interpretações ajeitadas do evangelho,de manipulação dos sacramentos e dos ritos,de uso do ministério da Igreja para servir a interesses politicos sociais económicos culturais e militares em contraste com o próprio evangelho."
" Nesse horizonte,a comunhão eclesial tende a ser entendida como um "vago afeto" ou como uma convivência pacifica dentro da Igreja entre exploradores e explorados (na ordem economica), entre opressores e oprimidos (na ordem politica), entre dominadores e dominados (na ordem ideológica).
Procurando se colocar por cima, à margem, ou prescindindo da conflitividade social, certo setor eclesiástico da a falsa impressão de que o Evangelho perdeu a virtualidade de produzir a obra divina da fraternidade,igualdade, solidariedade, libertação e comunhão que rompe os muros humanos de escravos e livres, de judeus e gregos,de homens e mulheres."
