Observação preliminar: Os textos que tratam da autonomia das Cebs e tem como título o "Parece um tabu", fazem parte de um ensaio que produzi intitulado DOIS DESAFIOS no caminho das CEBs. Um assessor das CEBs em nivel nacional, ligado a CNBB, em Brasília me pediu permissão para utilizá-lo nas discussões de uma comissão de peritos que vai assessorar os bispos na 48ª Assembleia Geral da CNBB em maio de 2010 cujo tema prioritário será precisamente o da CEBs. Ele qualificou o texto como " muito pertinente , reflexão importante" e que "a questão da autonomia e da subsistencia são pontos nevrálgicos para a vida das CEBs." Obrigado Sergio
Prossigo com a AUTONOMIA.
Quem obriga as pequenas comunidades a se alinharem com a matriz?São usados de um lado, certos tipos de pressão e do outro é patente a fragilidade da maioria das supostas CEBs.
A pressão: para desenvolver atividades, encontros conjuntos e outras ações, precisam de espaços,instalações, instrumentos,recursos que muitas vezes as matrizes as paróquias e dioceses tem e podem dispor.Mas dificilmente o farão para grupos "insubordinados" que não perfilam com a pastoral diocesana e paroquial, sendo por isso até rotulados de igreja paralela, seitas etc.
A maioria dos grupos não resiste a esse tipo de chantagem e veste a camisa paroquial, virando então mais uma associação.
As CEBs depois de discutirem e chegando a um consenso podem até colaborar com alguma iniciativa da Igreja oficial, espontaneamente.
Acontece que grande parte dos participantes das CEBs não se desvencilhou ainda da dose maciça de clericalismo introjetada por catequese deformante.
Numa famosa entrevista o pe.José Comblin, diz: "Existe hoje na Igreja o que eu chamo de autoritarismo amoroso que é paralisante,uma espécie de chantagem em nome da amizade, do amor, da paz; não magoar, evitar os conflitos."(Boletim da AGEN 218)
Este assunto vai render ainda uns dois posts. Até o próximo.
