A Eucaristia como não nos contaram cont. (p 37)

Hermenêutica bíblica é buscar o sentido de um texto para nós hoje, depois de feita sua explicação do sentido histórico; isto é, aplicar para o nosso contexto um texto surgido em outro contexto.Hermenêutica é interpretar para a realidade corrente.Começo hoje com algumas abordagens mais práticas nos textos do frei Isidoro.

"...uma hermenêutica séria provoca rupturas ainda hoje,dentro de nossos esquemas mentais,culturais e religiosos.Podemos dizer que sentimos uma certa perplexidade quando presenciamos discussões acirradas em torno de fórmulas e ritos,nas aplicações pastorais de nossos dias."

"Um primeiro apelo que fazemos é de que se abram os horizontes, afim de não incorrer em reducionismos ou unilateralismos na praxis cristã.A anámnêsis (memorial) de Jesus só existirá enquanto atingir a praxis e não há memorial sem esta.(Cf Is 1,15b-18a).
A justiça,na vida quotidiana,antecipa-se à Ceia do Senhor, como celebração comunitária. É mister preceder a celebração com as atitudes.Por isso, todos os elementos que participam da vida participam da celebração (Cf Mt 5,23-24).Entendemos que o memorial perpassa as relações pessoais,comunitárias, nacionais,internacionais, e diante desta conjuntura nos colocamos uma pergunta: Como estão sendo vivenciadas ou qual a relação entre teoria e prática na perspectiva bíblica do memorial? Talvez mais que respostas acabadas,seja uma provocação para outras formas de leitura do tema."

O autor lança uma pergunta: como estão sendo vivenciadas... e eu acrescento: vivenciadas por quem? ou por quais grupos? se for pelos que se professam cristãos, e mais ainda, pela classe clerical, salvo não poucas exceções...muitas e belas teorias mas poucas concretizações adequadas, oportunas e corajosas,
sempre considerando a perspectiva bíblica do MEMORIAL de Jesus.

Textos do livro A Eucaristia como memorial da nova aliança; autor frei Isidoro Mazzarolo; editora PAULUS.