Estou hoje reiniciando mais uma série de NOVAS postagens, continuando a numeração parada no número ( p 67).
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<< >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Os que acessarem para ler as " duas ajudas" prometidas no folheto POR ISTO VOCÊ NÃO ESPERAVA, acharão os textos mais abaixo. É só ir rolando a barra de rolagem para baixo que eles vão aparecer vindos de baixo.
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<< >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
NOVA POSTAGEM
Louis Evely disse no "Oração dum homem moderno": " Deus é em nós uma ideia que tende continuamente a degradar-se.Desde que se tente conservá-la, desde que se descuide renová-la,remontando-a à fonte que é a Revelação, tal ideia enquista-se, mela,retrai-se, torna-se uma caricatura,um espantalho, um ídolo."
Grande parte das pessoas tem opiniões muito equivocadas sobre Deus e suas relações conosco.E daí decorrem atitudes também pastorais no mínimo frustrantes, no caso de cristãos ativos, travando a renovação eclesial.
Andrés Torres Queiruga, professor de filosofia e teologia, autor de vários livros, nos presenteou com um texto em que vai relacionando algumas das mais frequentes dessas deformações, corrigindo-as em seguida.
O artigo leva o título, CRER DE MODO DIVERSO e foi divulgado pelo site do IHU. Vou apresentá-lo em pequenas doses semanais, resumindo quando possível.
No Evangelho, diz ele, dispomos da melhor e insuperável imagem de Deus. O passar dos séculos a deformou até torná-la irreconhecível.
Em 3 aspectos essa deformação é mais presente:
1 - numa leitura distorcida da criação;
2 - numa leitura deformada da redenção;
3 - numa experiência deformada de espiritualidade.
QUANTO A CRIAÇÃO
As narrações sobre a Criação, no livro do Gênesis, hoje se sabe, são simbólicas, próprias de uma linguagem mítica.Sua interpretação precisa ser feita perguntando pelo seu contexto histórico e literário. O Paraíso,aí descrito, é um símbolo da meta a qual estamos destinados. Expressa a intenção de Deus na nossa realização, amor e felicidade. Mesmo depois de ser reconhecida como mítica, a narração do jardim com a árvore, o fruto proibido,a serpente, continua no consciente coletivo, como ideia de que os pavorosos males deste mundo sejam um castigo divino por ter Adão e Eva, comido o fruto proibido: o tal pecado original. Desse pensamento nasce, em força da lógica, que os males do mundo estão aí porque Deus quer, dado que o Paraíso teria sido possível sobre a terra.Desse modo sobrevive a crença generalizada de que o sofrimento, a enfermidade e a morte provenham de uma decisão divina como forma de castigo.
Na próxima semana, outra ideia deformada sobre Deus.
