IGREJA-SOCIEDADE ALTERNATIVA

A explicação do sentido desse título, está em ARQUIVO DE POSTAGENS, out. 29 de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Segunda ajuda prometida no folheto.

Cumprida a primeira ajuda prometida no folheto, passo à segunda.
O texto da primeira ajuda, por uma falha técnica, está em seguida. Você precisa ler ele antes.

Eu imagino que depois de ler esse texto sobre a contradição Evangelho e Religião, você ficou meio perplex@: continuar participando de atos religiosos de uma igreja desfigurada ou enveredar para junto dos que buscam outro modelo de Igreja?
Talvez você pense: quem sabe o clero da minha paróquia, diocese, farão uma conversão radical. Mesmo que alguns tentassem isso, o centralismo/corporativismo da instituição é forte o bastante para inviabilizá-la. Alguns fazem mudanças, mas ficam na superfície, não conseguem radicalizar como importa.
Mas e as CEBs (comunidades eclesiais de base) não tem o perfil de um novo modelo de Igreja?
Algumas se aproximam bem, mas em conjunto estão paralizadas porque são manipuladas pelos bispos, rejeitadas por muitos padres, e quando existem não são autônomas mas paroquializadas e como tal vivenciam as práticas religiosas das paróquias. Tratei sobre isso neste blog nos posts número p11 e seguintes de 19/09/2009 em diante.


Diante disso passo a sugerir como resolver concretamente, existencialmente, esse impasse.

Proponho o seguinte: já que inexiste na região um grupo que cultive esse ideal até aqui descrito, nós podemos enfrentar o desafio de começar a construir um grupo que persiga esse ideal. E isso sem abandonar a Igreja de Cristo porque estaremos ligados à grande comunidade dos que em todas as épocas se mantiveram no anonimato, fieis ao Evangelho. E por incrível que pareça, com o respaldo até da lei maior da Igreja, o Código de Direito Canônico ( o Novo de 1983). Reza o canon 215: "Os fieis tem o direito de fundar e dirigir livremente associações para fins de caridade e piedade, ou para favorecer a vocação cristã no mundo." Ou seja, associações sem o tradicional controle hierárquico, livremente.

COMO OPERACIONALIZAR A CONSTRUÇÃO DESSE GRUPO.

Vamos fazer alguns encontros em carater experimental, para nos conhecer e ensaiar os primeiros passos.
Me disponho a articular o primeiro encontro. Se você for participar dele, ou ligue para o meu celular ou passe um e-mail dando seu nome, o bairro onde mora, e um telefone de contato.
Número do meu celular: 97926021 (moro em Santos, no Boqueirão).Endereço eletrônico para e-mail: nlsouza81@gmail.com Oportunamente darei o retorno informando data e local da reunião.
Não tenho nenhum local em vista para a reunião. Você pode indicar algum? De preferência uma casa ou as dependências de uma associação não religiosa, uma escola, creche etc.

Especialistas em história da Igreja dos primeiros séculos ( como Gerhard Lohfink no seu ótimo "Como Jesus queria as comunidades?") reportam as principais características das pequenas comunidades. Essas mesmas características constituirão o perfil do nosso grupo. São elas:

Comunidade/comunhão isto é, ajuda recíproca, partilha, solidariedade, corresponsabilidade.
Sintonia com as classes populares isto é, opção pelos pobres, promover a justiça e os direitos humanos.
Reuniões periódicas com estudo/reflexão sobre o Novo Testamento e celebração da Ceia do Senhor
Coordenação e outros trabalhos internos, exercidos como serviço, isto é, que ninguém queira ser mais do que os outros.
Como decorrencia da conjuntura eclesiástica: independência do clero e outros agentes religiosos. Mas respeito e simpatia pelo ecumenismo e diálogo inter-religioso.
A forma como aplicar esses princípios será objeto de diálogo interno.
Cada um continuará livre para, se quiser, participar de qualquer ato religioso individualmente, sem qualquer envolvimento grupal.

Observação.
Não se trata de nova religião, nem nova igreja, nem grupo de RCC, nem de CEB, nem comunidade emocional, nem de Aliança e Vida, nem grupo de oração ou associações congêneres. As características básicas estão colocadas.O nome que identificará o grupo, vamos procurar.