IGREJA-SOCIEDADE ALTERNATIVA

A explicação do sentido desse título, está em ARQUIVO DE POSTAGENS, out. 29 de 2011

sábado, 24 de setembro de 2011

Caricaturas sobre a imagem de Deus,cont.(p 74)

Hoje coloco o final do documento que estou resumindo.

O sofrimento verdadeiramente cristão não é aquele procurado apenas como ascese mas aquele que, como Jesus, é assumido quando é necessário por amor aos outros. É o trabalho do serviço, é por em risco a própria vida em favor da justiça, ser capazes de renunciar ao que nos pertence em favor dos pobres. Jesus não evitou o prazer normal da vida - foi considerado um comilão e um beberrão - por não praticar uma ascese artificiosa.

Enfim, uma deformação quanto à relação entre nós e Deus: trata-se de uma inversão de papéis.É Deus que toma a iniciativa amorosa de deixar-nos existir e salvar por Ele. Por isso nos é solicitado acolher essa iniciativa, colaborando com sua ação em nós e nos outros.

Todavia, sem dar-nos conta, invertemos tudo ao ponto de parecer que somos nós aqueles que tomam toda a iniciativa, como se fôssemos nós quem está interessado na salvação e devêssemos convencer Deus a interessar-se também Ele. Assim sendo, a prece transforma-se em exigência que ousa recordar a Deus as necessidades do próximo, convencê-lo a ajudar os enfermos ou as vítimas; podemos até oferecer-lhe dons e sacrifícios para que se anime; chegamos a repetir-lhe em coro que seja bom, e compassivo, que "escute e tenha piedade."
Quem reza não tem intenção de arguir Deus, mas é necessário revelar a falsa orientação e a terrível inversão de papeis entre Deus e nós (expressa em muitas orações litúrgicas ).

OBSERVAÇÃO. Acrescentei por minha conta esse parêntesis final, como gancho para explicitar algumas dessas orações "desorientadas", na parte fixa da Missa. Por exemplo:
Senhor tende piedade de nós. Senhor, escutai a nossa prece.( Será que Deus anda surdo ou não tem mostrado infinita misericórdia?)
Senhor, dai-nos a paz. (a paz, quem deve buscar, somos nós)
Orai irmãos para que o meu e vosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.
Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício para glória do seu nome, nosso bem e de toda Igreja. (A missa não é sacrifício nem dos homens a Deus nem de Deus aos homens. A Missa não deveria se apresentar como sacrificio pois ela é memorial da nova aliança. O que isto significa? Leia neste blog as postagens que respondem isso, a partir de 13 de fevereiro de 2010 que são as de número p27 a p41 intituladas:" a Eucaristia como não nos contaram".
Por isso o Ofertório com suas orações de apresentação das oferendas não tem razão de ser .
Na oração do "canon": todas as vezes que se reza pedindo: Lembrai-vos ( do Papa, do Bispo da diocese, dos fieis falecidos, etc. etc.) ( Será que Deus anda esquecido?)

Esses são apenas alguns exemplos. Nas orações "variaveis" da Missa as inversões se multiplicam.

Hoje termina o artigo CRER DE MODO DIVERSO que vim resumindo.
NA PRÓXIMA SEMANA vou abordar a questão candente do sacerdócio para as mulheres.