IGREJA-SOCIEDADE ALTERNATIVA

A explicação do sentido desse título, está em ARQUIVO DE POSTAGENS, out. 29 de 2011

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Eucaristia como não nos contaram cont. (p 34)

Volto com novas apreciações sobre a Eucaristia como Memorial da Nova Aliança, na pesquisa de frei Isidoro. Observe a exigência recíproca: comunhão de vida e Eucaristia. A como anda a comunhão de vida dos frequentadores das paróquias que participam de Missas e comungam?

"O que transparece de modo sensível (na multiplicação dos pães e peixes e do vinho nas bodas de Caná) são os fundamentos da partilha cristã, a qual tem raízes sociológicas muito fortes, mais que uma vinculação cultual...Muito mais que símbolo é sinal de reconhecimento, de identificação...No relato dos discípulos de Emaus Jesus não é reconhecido senão ao partir o pão (Lc 24,13-35) ...O gesto de reconhecimento de Jesus vai ser o gesto do reconhecimento dos cristãos das primeiras comunidades: "Dia após dia, unânimes, mostravam-se assíduos no templo e partiam o pão pelas casas tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração" (At.2,46)

"O romper o pão ,como fato cristocêntrico e eclesiológico assume a dimensão de um repartir integralmente o pão....Mas o gesto cúltico só será símbolo verdadeiro se a praxis for o memorial de Jesus Cristo (At 4,32-35). "

Para os primeiros cristãos uma coisa parece ser clara; não havia
com unidade sem fração do pão e não havia fração do pão se não houvesse comunhão de vida, sustentada nesse compromisso de fazer aquilo que Jesus lhes havia dito, pois ali encontravam a comunhão entre si e a comunhão no corpo e no sangue de Cristo."

"Por que não se faziam mais pães (no rito judaico) de forma que não se precisasse ficar rompendo o pão? Fazer pães maiores para serem repartidos à mesa era apenas uma questão de economizar mão de obra? Muitos pãezinhos poderiam ter a conotação do individualismo? Acreditamos que o gesto de tomar parte de um mesmo alimento traz em si uma sabedoria tão antiga quanto a própria realidade humana, que é eliminar as diferenças e participar da mesma realidade".
"Na ceia eucarística o pivô central é o partir do pão que se torna um momento de reflexão e retomada da vida comunitária."

Tópicos tirados do livro A Eucaristia como Memorial da Nova Aliança; autor Isidoro Mazzarolo;editora PAULUS

Na próxima semana continuarei com textos do frei Isidoro sobre o mesmo assunto.