O porque do título.
TABU, sim, já que quase ninguém aborda esse assunto.Parece proibido. Quase.Já citei 2 que defendem. Será medo de tocar em questões "sensíveis" à hierarquia? Talvez. Também pode parecer que autonomia para as CEBs seja uma questão marginal no contexto pastoral. Eu considero indispensável para o alvorecer de uma Igreja comunidade de comunidades. E vou continuar argumentando a favor.
A autonomia é uma decorrencia da hoje propalada "uma igreja toda ministerial." O recente Intereclesial de Rondônia integrou nos compromissos finais assumidos: "incentivando uma Igreja toda ela ministerial."
Nas comunidades descritas no Novo Testamento e nos primeiros séculos, há ministérios e ministros em cada comunidade,mas não existe clero. O ministério de presbítero (velhos), era o carisma de animação e coordenação para garantir a unidade.Era eleito pela comunidade e confirmado pela imposição das mãos do bispo, também eleito pela co munidade, desempenhando o ministério da supervisão.
Os ministérios pertencem a estrutura divina da Igreja, ao passo que o clero é apenas fruto da sua organização e sendo acidental pode mudar e desaparecer.
Numa Igreja clericalizada como a nossa, a comunidade é quase inexistente, porque só há comunidade onde há de fato, co-responsabilidade e co-participação.
Continua no próximo post.