IGREJA-SOCIEDADE ALTERNATIVA

A explicação do sentido desse título, está em ARQUIVO DE POSTAGENS, out. 29 de 2011

sábado, 10 de dezembro de 2011

Onde está a verdadeira crise da Igreja, cont. (p 85)

Seguem os comentários que me propus fazer ao artigo do Leonardo Boff
postado aqui, na semana passada.

1º comentário.
Desconfio que não são poucos os fieis que desconhecem a existência de uma profunda crise na católica-romana de hoje.
A maioria dos grandes problemas fervilham principalmente nos estratos superiores da pirâmide clerical - bispos,núncios,cardeais,curia vaticana,papa.
Pouco transparece para os da base - baixo clero e fieis - e o que chega vem filtrado, amenizado para não escandalizar e não afugentar.
Se você quiser se certificar da dimensão atual dessa crise, dou uma dica: abra na internet a página do IHU ( http://www.ihu.unisinos.br/ ) na janelinha BUSCA  digite  crise na Igreja; surgirão muitos textos concernentes. Ou na página da 
Adital (http://www.adital.org.br/ ) a mesma operação.
Neste blog também abordei esse assunto nas postagens: p5 em 13/8/2009;
p6 em 18/8/2009: p8 em 27/8 e p9 em 02/09/2009


2º comentário
No primeiro parágrafo,Boff escreve:"A crise da pedofilia na Igreja romano-católica não é nada em comparação à verdadeira crise, essa sim estrutural..."
Sob outro ponto de vista, me parece que a crise da pedofilia é mais do que "nada"; é sim, "a ponta de um iceberg". Avalie por este fato:" Um bispo australiano
(Geoffrey Robinson) publicou há pouco um livro, intitulado PODER E SEXUALIDADE NA IGREJA . No 1º capítulo ele explica que a Conferência dos bispos do seu país, lhe encarregou de estudar os casos de pedofilia...Pois bem, ao avançar em seu  estudo, ele foi chegando à conclusão de que o problema não era exclusivamente a sexualidade, mas sim, principalmente o poder.
E ao entrar por esses caminhos, foi tropeçando com a oposição e as ameaças da cúria.Até que terminou apresentando sua renúncia e contando a história de sua investigação em um livro.
A instituição estava disposta a resolver um problema de moral pessoal, mas não uma raiz de poder institucional". (Divulgado pelo IHU Online)

Na semana próxima, mais alguns comentários.