No post anterior eu afirmei que era consenso que a Eucaristia faz a comunidade e a comunidade faz a Eucaristia. O "Oliveri"* comenta essa gênese recíproca:
“Onde 2 ou 3 estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei ali.” Estar reunidos em nome de Jesus quer dizer, viver em seu Amor, conforme seu “mandamento”.
Por isto o que mais realiza a comunidade é
a Eucaristia: estar juntos para partilhar o que se tem, compartir o mesmo PÃO, tornando-se
assim COMPANHEIROS (com + panheiros = os que comem o pão juntos). Beber juntos do vinho, da alegria da vida, que é de fato
sangue derramado, é fazer ALIANÇA entre nós para que todos tenham VIDA. Isto, é
fazer MEMORIA do Corpo de Cristo.
A Eucaristia faz a comunidade. Na
Eucaristia aprendemos que a vida tem sentido quando é doada; que os dons de
cada um só tem valor quando colocados a serviço; que todos, comendo do mesmo pão nos tornamos
um só corpo para viver a fraternidade.
A Eucaristia faz a comunidade, mas as
comunidades não conseguem atingir a
maioria do povo, ser fermento, sal, luz que transforme a vida sobretudo dos mais
pobres...
A Eucaristia faz a comunidade, mas é a
comunidade que faz a Eucaristia. Para celebrá-la e realizá-la é n e c e s s á r i o que e x i s t a a c o m u n i d a d e . Podemos ser poucos e fracos, mas quando nos reunimos em
fraternidade ( em “comum-união”) , quando nos tornamos discípulos da Palavra,
quando oramos juntos e colocamos em comum nossos bens, é aí que podemos
realizar a “ fração do pão”.
A comunidade faz a Eucaristia. Torna
presente o Cristo cada vez que partilha o pão e a vida. Gestos se tornam
sacramentos: nos gestos de partilha, de amizade carinhosa, de ajuda mutua, de
serviço, vai se construindo a comunhão. Só assim a comunidade pode celebrar a
Eucaristia, a presença viva de Jesus Ressuscitado, no pão e no vinho.
Temos direito de celebrar a Eucaristia na
vida e com isto vamos renovando a Igreja e o ministério. Mulheres e homens,
casados e solteiros, todos temos direito por nosso batismo, de fazer a memória
de Jesus Ressuscitado no pão corpo entregue e partilhado, no vinho-sangue
derramado, bebido e feito Aliança entre nós e com Deus.
Precisamos que haja sempre mais grupos
capazes de celebrar e viver assim. Felizes quando padres estiverem
conosco,testemunho de nossa comunhão com as outras comunidades e com a Igreja
universal, mas sem dependermos deles para assumirmos de forma adulta nossa vida
cristã e nossa missão.
* IGREJA sonhos...ousadias... mudanças... pag.84 ss. (Ver MINHAS FONTES no início do Blog).
OBSERVAÇÃO: os destaques são meus.
Observe que também o Oliveri confirma que não há Eucaristia, quando não existe comunidade de verdade, isto é, com as características de exigente fraternidade que ele aponta no texto; isso porque, como ele também registra, Eucaristia é um memorial da Nova Aliança em Jesus e não uma "presença real corpórea" como doutrina a Igreja Católica.
* IGREJA sonhos...ousadias... mudanças... pag.84 ss. (Ver MINHAS FONTES no início do Blog).
OBSERVAÇÃO: os destaques são meus.
Observe que também o Oliveri confirma que não há Eucaristia, quando não existe comunidade de verdade, isto é, com as características de exigente fraternidade que ele aponta no texto; isso porque, como ele também registra, Eucaristia é um memorial da Nova Aliança em Jesus e não uma "presença real corpórea" como doutrina a Igreja Católica.