Autonomia para as CEBs é uma parte de um problema maior: a liberdade.Reivindicar autonomia é reivindicar liberdade e quase todos nós,uns mais outros menos, estamos contemplados no famoso livro de Erich Fromm O MEDO A LIBERDADE.
Vejo ao menos dois obstáculos para se caminhar a uma Igreja toda ministerial:a falta de liberdade na Igreja e o clericalismo.
Em 17/11/90 no Seminário "evangelização e modernidade" , em Brasilia, o pe. José Comblin diagnosticou:" A Igreja Católica morre por falta de liberdade.O clericalismo permanece na Igreja Católica,inclusive nas CEBs. O movimento das CEBs está parado, por falta de liberdade. Os evangélicos tem liberdade e por isso conquistam o Brasil...Deus foi bom: enviou os evangélicos para tomarem conta de seu povo.Depois deles os católicos vão começar a pensar".
Surpreendente esse diagnóstico de alguem com a sabedoria do Comblin !!
O Oliveri escreve no já citado livro, pg 42:" Buscar uma igreja povo de Deus,toda ela ministerial, é o caminho das CEBs. O que faz a diferença entre CEBs e "mini-paróquias" é a autonomia...como célula primeira da Igreja. Há conceitos a serem aprofundados: Auto -evangelização:a Palavra de Deus circula livremente entre os membros da comunidade. Auto-organização:as comunidades vão descobrindo as melhores formas de se organizarem,com muita variedade, criando seus ministérios.O ministério episcopal garante a unidade necessária na diversidade. Auto-celebração: a comunidade cria seus ritos e seu estilo de celebrar a vida,naturalmente sob as raizes da grande Tradição e na comunhão com as outras comunidades." "Beleza" essa explicação do Oliveri.
No próximo post vou trazer mais motivos para as CEBs serem autônomas. Aguarde uns dias.
