IGREJA-SOCIEDADE ALTERNATIVA

A explicação do sentido desse título, está em ARQUIVO DE POSTAGENS, out. 29 de 2011

sábado, 27 de agosto de 2011

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Os que acessarem para ler as "duas ajudas" prometidas no folheto Por isto você não esperava, acharão os textos mais abaixo. É só ir rolando a barra de rolagem para baixo que eles vão aparecer vindos de baixo.
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Caricaturas sobre a imagem de Deus, cont. (p 70)

Continuo resumindo o artigo " Crer de modo diverso", do teólogo Andrés Queiruga, divulgado pelo IHU Online (Instituto Humanitas Unisinos).
No texto anterior, o autor diz que o povo pensa que se não servirmos a Deus seremos castigados. Hoje ele comenta o suposto castigo: o inferno!

As deformações que já descrevi, assumem um nível intolerável com a ideia do inferno, como castigo para aqueles que não sirvam a Deus ou não cumpram seus mandamentos. Deus que ama sem limites e perdoa sem condições, acabou sendo visto como capaz de castigar por toda eternidade e com tormentos inauditos, certas faltas, fruto da nossa fraca e limitada liberdade.
A crescente sensibilidade em nossa época, rejeita a pena de morte ou o aprisionamento cruel. Será que os homens são melhores que Deus?

Paralela à ideia do inferno é a visão do pecado. Tomás de Aquino ( um dos maiores teólogos da idade média) já dissera que o pecado não é um mal porque faz mal a Deus mas porque o faz a nós:" porque ofendemos Deus na medida em que agimos contra o nosso bem". Mas grande parte da teologia e da pregação continuam ignorando que a coisa fundamental é o interesse de Deus afim de que não estraguemos a nossa vida.
O pai do "filho pródigo" (parábola de Jesus), não se preocupa com sua honra ou sua ofensa, mas pelo fato de que "o filho estava morto e retornou à vida, estava perdido e foi reencontrado".Tudo isto, junto com a deformação moralista, fez com que na consciência de muitas pessoas, tenha crescido como um verme venenoso a ideia de que o pecado seria estupendo para nós, mas não podemos gostar dele porque Deus no-lo proibe. Em outras palavras, Deus não quereria que fôssemos felizes!

Até aqui Queiruga trata das deformações da imagem de Deus produzidas por uma leitura distorcida da Criação. Nos próximos textos, as deformações criadas por uma leitura distorcida da Redenção.