A presidente do movimento “Nós somos Igreja” é excomungada.
A austríaca Martha Heizer ,
figura de proa do movimento reformista católico, acaba de ser excomungada.
A reportagem é de Anna Latron e
publicada no sítio da revista francesa La Vie, 22-05-2014. A
tradução é de André Langer. O IHU on-line, divulgou para nós.
É o epílogo de uma longa queda de
braço entre o movimento Wir sind Kirche (Nós somos Igreja) e o Vaticano.
Segundo as informações do Tiroler
Tageszeitung, Martha Heizer, a presidente austríaca do
movimento laico crítico a Roma, acaba de ser excomungada. A pena
atinge também seu marido, Gert Heizer. De acordo com o jornal
alemão Die Welt, a informação é confirmada “por círculos
católicos”.
O bispo de Innsbruck, Manfred
Scheuer, “teve de apresentar pessoalmente o decreto ao casal na
quarta-feira, dia 21 de maio, à noite”, precisa a Rádio ORF Tirol.
O bispo leu, pois, o conteúdo do decreto aos dois interessados, que, em
seguida, se recusaram a aceitar o documento. “Nós não o aceitamos, porque nós
questionamos o conjunto do procedimento”, declarou Martha Heizer à
radio austríaca.
Na manhã desta quinta-feira, ela explicou em um comunicado estar
“profundamente chocada com o fato de ser colocada na mesma categoria que os
padres pedófilos”. Para ela, “este procedimento mostra a que ponto a Igreja
católica tem necessidade de renovação”.
Missas privadas
O motivo das duas excomunhões?
Eucaristias privadas celebradas sem padre na casa do casal. Há muitos anos, Martha
Heizer não oculta o fato de que ela e seu marido acolhem em sua casa
essas celebrações, das quais alguns fiéis participam regularmente. Essas
simulações de eucaristias constituem ‘delicta graviora’ (delitos graves)
para a Igreja católica.
“O assunto provocou muito barulho
desde 2011”, explica o Tiroler Tageszeitung, com a intervenção do
bispo local. A Congregação para a Doutrina da Fé anunciou, na
sequência, a criação de uma comissão.
Martha Heizer é a presidente do movimento reformista desde o dia 07 de abril
último. Um movimento criado na Áustria em 1995 e do qual ela é
uma das fundadoras. Com 67 anos, Martha Heizer é conhecida por
suas posições favoráveis à ordenação de mulheres e a “uma renovação da Igreja
através dos leigos”, precisa o jornal Die Welt. Desde 2012, ela
preside o International Movement We are Church, o Movimento
Internacional Nós somos Igreja.
Por esta decisão, Gerhard
Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé,
continua fiel às suas posições anteriores: em 2009, quando estava à frente da
diocese de Regensburg, o prelado alemão suspendeu Paul
Winckler, presidente alemão do Wir sind Kirche.
O bispo de Inssbruck confirma
No final da tarde desta quinta-feira,
o bispo Manfred Scheuer confirmou à Apic, “a
auto-excomunhão” de Martha Heizer e de seu marido. Ele lembra
que a realização dessas eucaristias sem padre, reveladas pela televisão
austríaca ORF em 2011, o obrigaram a abrir uma investigação e
a “tomar medidas legais”. Foi para ele “um fracasso (...) o fato de não ter
convencido os esposos Heizer a rever sua opinião e, assim,
evitar este procedimento”. Ele precisa ainda à Apic que “a
constatação desta ‘auto-excomunhão’ não é uma vitória, mas uma derrota para a
Igreja” e que é com “grande pesar” que ele a executa.
“Como a eucaristia essencialmente é a
festa de toda a Igreja, não pode haver ‘eucaristia privada’”, prosseguiu o
bispo de Innsbruck. “Os critérios de validade da eucaristia não podem
depender da vontade subjetiva e do estado de espírito das pessoas envolvidas”.
De acordo com as informações da Apic,
o movimento Nós somos Igreja deverá organizar em Roma,
em outubro próximo, um “sínodo paralelo” ao sínodo extraordinário sobre a
família, que acontecerá no Vaticano.
Observação. Você pode verificar que num dos primeiros posts deste blog apresentei esse movimento internacional; sou adepto dele, só que ressalvei na ocasião que não concordava com uma das reivindicações: ordenação sacerdotal das mulheres. Em 2011 postei um texto (dividido em 3) intitulado: A Igreja precisa do sacerdócio também de mulheres? (8/10/2011) argumentei que não precisa do sacerdócio, nem de homens nem de mulheres. Jesus não instituiu um sacerdócio. Discorri sobre isso nos cinco posts seguidos a partir de 10/07/2010. Por isso o casal excomungado estava absolutamente certo, de acordo com o Novo Testamento e com a prática das primeiras comunidades cristãs. Essas chamadas "missas privadas", nem são privadas, nem simulações de missa, como refere o texto. Nem são também "a festa de toda a Igreja". São reunião da comunidade de fé para realizar a autêntica Eucaristia que é Memorial da Nova Aliança, como também mostrei nos três posts seguidos a partir de 7/7/2012. Completamente errado está o Vaticano com essa excomunhão.
Observação. Você pode verificar que num dos primeiros posts deste blog apresentei esse movimento internacional; sou adepto dele, só que ressalvei na ocasião que não concordava com uma das reivindicações: ordenação sacerdotal das mulheres. Em 2011 postei um texto (dividido em 3) intitulado: A Igreja precisa do sacerdócio também de mulheres? (8/10/2011) argumentei que não precisa do sacerdócio, nem de homens nem de mulheres. Jesus não instituiu um sacerdócio. Discorri sobre isso nos cinco posts seguidos a partir de 10/07/2010. Por isso o casal excomungado estava absolutamente certo, de acordo com o Novo Testamento e com a prática das primeiras comunidades cristãs. Essas chamadas "missas privadas", nem são privadas, nem simulações de missa, como refere o texto. Nem são também "a festa de toda a Igreja". São reunião da comunidade de fé para realizar a autêntica Eucaristia que é Memorial da Nova Aliança, como também mostrei nos três posts seguidos a partir de 7/7/2012. Completamente errado está o Vaticano com essa excomunhão.
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